Você já deve ter escutado ou lido que somos o país campeão em biodiversidade. Pois é, o Brasil está no topo dos 17 países considerados mega biodiversos, com 20% (um quinto) da variedade de fauna e flora do mundo. São quase 120 mil espécies de animais e 50 mil vegetais. Muitas delas só ocorrem aqui.
Numa pesquisa de 2013 apelidada de “barômetro” do tema, a gente apareceu como a população mais familiarizada com o termo: 96% disseram já ter ouvido falar e 51% souberam explicar o conceito de forma simplificada.
O grau de interesse e conhecimento sobre a diversidade de seres vivos e ecossistemas só cresce – mas aí vem a parte ruim – em parte porque a situação em que eles vivem é cada vez mais difícil. Por causa de fatores como a superexploração de recursos, a perda do hábitat (o ambiente em que vivem) e a poluição, a extinção se acelera cada vez mais. As estimativas variam, mas vão de centenas a dezenas de milhares de espécies perdidas por ano, e a população das que resistem não para de cair.
Por que este tema aqui? Porque somos uma companhia que tem a sustentabilidade no centro do seu eixo de equilíbrio. E porque sabemos que, para nossas gerações e as futuras viverem bem, é fundamental cuidar da natureza!
Quando as empresas abraçam de verdade as práticas ASG, elas tomam melhores decisões, cuidam melhor das pessoas e do meio ambiente e ainda são reconhecidas por isso no mercado. E nós queremos ser referência nessas questões para o nosso segmento.
Como parte da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, a Brasilcap se compromete com dez princípios fundamentais de sustentabilidade empresarial, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essa é apenas uma das balizas cidadãs das quais somos signatários.
Está tudo muito bom, mas você deve estar perguntando: o que eu posso fazer no dia a dia? Olha, tem muita coisa.
Já é até chavão, mas segue muito verdadeiro, aquele lema: “Conhecer para preservar”. Você pode visitar os portais do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ, uma importante unidade de pesquisa), de ONGs ambientais brasileiras e internacionais.
Nas redes sociais tem perfis interessantes e divertidos de pesquisadores-comunicadores/as que popularizam o conhecimento especializado. Os temas vão de árvores nativas a tubarões, passando por insetos e serpentes.
Descobrir a fauna e a flora urbanas pode ser muito gratificante. Que tal um passeio num parque ou praça, sem fone de ouvido e sem rolar a tela do celular, atento/a às cores, sons e movimentos? Dá para ir um pouco além experimentando entrar num grupo de observação de aves ou de plantio de árvores, por exemplo. Ou se inscrevendo num programa de educação ambiental da sua cidade.
Nas férias, também podemos visitar unidades de conservação, que podem ser de proteção integral (como parques nacionais) ou de uso sustentável (como reservas extrativistas). Na segunda categoria, você pode conhecer modos de vida de populações mais integradas à natureza, e às vezes a culinária que aproveita essa riqueza.
Como as mudanças climáticas e o lixo são outras grandes ameaças à biodiversidade (porque mudam em décadas as condições às quais os seres vivos levaram milhões de anos para se adaptar), tudo aquilo que você puder fazer para retardar o avanço dos dois é bem-vindo. Não exagerar no consumo, dar preferência ao transporte coletivo ou não motorizado (bora tirar a bici da garagem?), evitar sacolinhas e descartáveis em geral…
Optar por produtos de limpeza mais naturais é outro caminho. Os comerciais costumam ser mais caros, mas tem muito vídeo por aí ensinando a fazer versões caseiras.
A gente pode não imaginar, mas nosso gato ou cachorro – por mais fãs de um sofá que sejam – podem fazer grandes estragos entre os bichinhos silvestres. Comem ovos e filhotes, além de se expor a riscos. Então, nada de circularem soltos. E, se precisar desistir de um pet, jamais o solte na natureza. Procure o veterinário mais próximo (para os domésticos) ou um centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Sabia que coelhos e lebres exóticos (estrangeiros) são um problemão para os “primos” nativos daqui?
Mais uma coisa ao alcance de todas e todos é procurar saber mais sobre os impactos dos produtos que a gente compra e das empresas. Cestas agroecológicas são um atalho para comprar hortifrútis da agricultura familiar cultivados de maneira mais sustentável – e a um preço bem mais acessível que o dos orgânicos nos supermercados.
Lembre-se de que pequenas ações individuais, se somadas coletivamente, também fazem a diferença. Cuidar do meio ambiente, reduzir o desperdício, reciclar e apoiar iniciativas de conservação são passos importantes que todos devemos tomar para proteger nossa biodiversidade.