Mentiras e verdades sobre a febre amarela

A febre amarela voltou a ser notícia no Brasil. E com ela, várias crenças populares e teorias da conspiração ressurgiram. Mas, afinal, quais boatos sobre a doença são realmente verdadeiros? Teria a vacina efeitos colaterais? Haveria outras formas de transmissão, além da picada do mosquito? Descubra agora 3 mentiras e 2 verdades sobre o assunto.

A doença é transmitida por 2 tipos de mosquito

Verdadeiro! Existem duas categorias de febre amarela: a urbana, causada pela picada do Aedes aegypti, e a silvestre, cujos transmissores são os mosquitos Haemagogus e Sabethe – estes últimos mais comuns nas matas, daí a origem do nome. Na verdade, essa é a única diferença entre elas. O vírus e os sintomas da doença são os mesmos.

Macacos transmitem febre amarela

Falso! A única forma de transmissão da febre amarela é por meio da picada dos mosquitos anteriormente citados. Por isso, não precisa sair matando os pobres macaquinhos por aí, nem evitar chegar perto de parentes ou amigos que tenham contraído a doença.

Mercúrio nocivo nas vacinas

Falso! Muita gente acredita que a presença de mercúrio na vacina pode causar problemas nos rins e até autismo. Entretanto, as doses utilizadas são muito pequenas para gerar qualquer tipo de efeito colateral. Essa informação errônea, aliada à crença de que as vacinas fazem parte de alguma conspiração internacional para diminuir o número de pessoas no mundo, dificultam o combate à doença.

Há grupos de risco para a vacinação

Verdadeiro! A vacina não é recomendada para idosos com mais de 60 anos, crianças com menos de 6 meses, mulheres grávidas ou amamentando e pessoas com baixa imunidade.

O ideal é tomar a vacina várias vezes

Falso! A dose padrão da vacina contra a febre amarela protege uma pessoa pela vida inteira, enquanto a fracionada dura por pelo menos oito anos. Como ainda há estudos em andamento avaliando os efeitos em longo prazo da dose fracionada, é possível que ela nos resguarde por até mais tempo.